Olá Lisboa, pela primeira vez


A Menina-Mundo foi a Lisboa pela primeira vez e sempre que há nela uma primeira vez a magia das primeiras vezes parece estender-se a nós.

Chegamos pelas 23h, a Mia já com meio sono dormido e, por sinal, revitalizador, uma vez que preferiu brincar durante o resto da noite, sem tomar em grande consideração a nossa opinião. Acordamos, mal dormidos, mas com vontade de abraçar tudo o que o dia tinha para nos dar. E este prometia. Rumo aos estúdios da RTP1 fomos recebidos por sorrisos, calma (ao que parece os bastidores estavam especialmente calmos nesse dia), um carinho e boa disposição que dificilmente poderíamos projetar. A Mia – encantadora de pessoas – retribuiu em sorrisos e sapateado, isto tudo antes de estarmos no ar.

Levava flores, pelos cabelos, pelo vestido, e foi impossível não nos sentirmos tocados pelo olhar enternecido e encantado que todos depositavam sobre ela. E assim foi, enquanto os pais falavam a Mia encantou e carregou pedras até às mãos do Zé Pedro (que contou seis) e da Joana (que apenas recebeu uma!), talvez à conta destes ‘trabalhos forçados’ tenha adormecido mal saiu de lá.

Passeamo-nos – de coração cheinho de tantas palavras maravilhosas (lidas e ouvidas) que fomos recebendo – por Lisboa, na Praça do Comércio ganhei um abraço bem apertado e passei, mão na mão, com ela – ali, pela primeira vez.

Menina Mundo

Menina Mundo

Menina Mundo
Subimos a Rua Augusta, ao ritmo das suas perninhas pequenas, demasiado irrequietas para pararem no colo.

Menina Mundo

Menina Mundo

Almoçamos na companhia da vaca, do cavalo, da ovelha, do porco, do burro e da cabra, com quem a Mia ia partilhando a sua dourada. Deixamos um café suspenso e continuamos à conversa com as ruas antigas de Lisboa e ela recebeu uma gerbera da D. Alexandra, que guardou bem encostadinha: a si, a mim.

Menina Mundo

Menina Mundo

Menina Mundo
Despedimo-nos atrás dos pombos: ela correu. Correu. Parecia não aceitar que os pombos lhe escapassem: ao toque, ao abraço. Parecia não aceitar a diferença entre as suas pernas e os seus braços e as asas dos pássaros. E, na sua vontade (grande) do impossível, inclinava-se para a frente e estendia os braços para trás, balançando-os, na esperança de os acompanhar no voo: e eu juro que consegui ver-lhe as asas.
E nós – eu e ele – olhamo-nos cúmplices, na certeza do que (lhe) temos construído.
Obrigada, Lisboa.
Menina Mundo

Menina Mundo

P.S. Chegamos ao Porto e só à noitinha conseguimos ver-nos e ouvir-nos no Agora Nós. E conseguimos rever-nos nas palavras: amor, família, inspiração, coragem, serenidade e felicidade, que foram uma constante nas mensagens que nos têm feito chegar. Entendemo-lo como um sinal de que estamos a seguir os trilhos que o coração aponta, por isso este projeto (com apenas mês e meio) tem sido acolhido nos vossos corações.


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8 thoughts on “Olá Lisboa, pela primeira vez

  • Su Monteiro

    Tudo ganha mais encanto com a vossa passagem! Que bonito é ver-vos explorar novos lugares porque tudo ganha mesmo outra envolvência! O Amor é mágico!

    • Mamã-Mundo Post author

      Que bom de ler. Sempre doce e terna. Vamos, sempre, pelo amor, pelo sonho, pelas vontades, pela família, pelo que realmente importa. Até breve, amigos.

  • Mariana Silva

    Meus queridos amigos foi com grande orgulho que vimos o programda da RTP1 Agora Nós.
    Ficamos deliciados a ouvir as vossas palavras e enternecidos com os olhos da Mia, certos de que esta vossa viagem (um bocadinho também de todos aqueles que convosco vão viajar) será, sem dúvida, um marco no crescimento da Mia mas também um marco no vosso crescimento enquanto familia.
    E porque é o sonho que comanda a vida vamos todos sonhar! 🙂

    Entretanto já tive oportunidade de ler o artigo do Jornal Observador, e se dúvidas ainda existissem, deixaram de existir. 😉 Aconselho a leitura mas principalmente aconselho a reflexão/pensamento posterior.

    Boa sorte! Boa viagem! Estaremos convosco no coração, no pensamento e neste mundo virtual acompanhando a viagem da “nossa” Menina Mundo.

    Beijos

    • Mamã-Mundo Post author

      Que amigos tão bons :). E sim, também é vossa, de todos aqueles com quem partilhámos os nossos sonhos e lembro-me bem da vossa reação e das vossas palavras, do teu sublinhar da grandiosa mensagem que estaríamos a passar à Mia: de desvalorização das coisas, de valorização do ser.
      Foste a primeira a ver o artigo do Observador, vi a tua partilha e o que lá disseste. E gostei, gosto-te.
      Este Verão vamos ter saudades das nossas praias, dos nossos almoços e passeios, mas em Setembro, antes do grande dia, mataremos todas essas saudades.
      Até lá, vemo-nos por aqui.

      Beijos, do tamanho do mundo 🙂

  • belmira

    As asas que estão a dar são as mais importantes…será uma cidadã do mundo não tenho duvidas. O saber estar que se aprende é precioso. Eu comecei a viajar com a minha filhota aos 2 anos e meio ( agora tem 15) e considero essas experiências como uma formação. Agora…. ela já viaja sozinha….para a Inglaterra…já foi 2 vezes fazer cursos de verão…o que é fruto das viagens anteriores e da experiência. Por isso aplaudo as vossa opções que são muito valiosas.

    • Mamã-Mundo Post author

      Que bom de ler, Belmira e que maravilhosa experiência tem já a vossa ‘grande pequenina’. Obrigada e retribuímos o aplauso, a coragem e sobretudo o testemunho da mais-valia que há em dar essas asas, bem cedo.

  • Raquel Silva

    Lindas fotografias, felicidade em cada gesto, cumplicidade que só uma mãe é uma filha conseguem ter!
    Lisboa é a segunda cidade do meu coração, vivi lá alguns anos e ainda continuo a ir lá com frequência, é uma cidade de luz, ampla, onde temos horizontes amplos!
    Que bom a Mia ir habituando os seus curiosos olhos às gentes e aromas de cada lugar!
    Beijinhos grandes

    • Mamã-Mundo Post author

      Raquel, verdade, não há cumplicidade igual.
      Por lá comentamos que gostaríamos de viver (em) Lisboa durante uns 3 meses, para a conhecer como merece. Quem sabe no regresso da Menina Mundo, com olhos ainda mais curiosos, quanto mais vemos (e sabemos) mais queremos ver (e saber). Mil beijinhos.